Maristela Silveira, 1961, Cruz Alta, RS; vive e trabalha em Pomerode; tem com formação graduação em Arquitetura e Urbanismo e iniciou sua atividade na técnica de pintura nas Oficinas Livres do Centro Integrado de Cultura em 1986, em Florianópolis, no Estado de Santa Catarina. Na época recebeu orientação dos artistas Onor Filomeno, Fernando Lindote e Loro de Lima. Passou a integrar o Grupo Conexão Sacco, formado
por um grupo de artistas que frequentava o atelier do artista Loro de
Lima.
Posteriormente, continuou a sua atividade artística em seu próprio atelier, espaço este que dividia com o artista Gelsyr Ruiz. Nesse período, além de pinturas, desenvolveu trabalhos em outras técnicas, tais como litografia, escultura, cerâmica e papel machê. Em 2007 muda-se para Porto Alegre, Rio Grande do Sul, onde participa de atividades no Atelier Livre da Cidade de Porto Alegre.
Em 2014, participou do Fórum da cidade de Dachau, Alemanha, onde fez residência artística com artistas de diferentes países durante 25 dias. Já em 2015, formou junto com mais oito artistas, o coletivo de arte Barbotina, na cidade de Blumenau.
Participou de Leilões e Salões dquentava o atelier do artista Loro de Lima.
e Arte, exposições individuais e coletivas em Espaços Culturais tais como Galeria de Arte da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Galeria de Arte da Universidade Federal de Santa Catarina, Galeria de Arte das Oficinas do Museu de Arte de Santa Catarina, Espaço Cultural da Caixa Econômica Federal, Espaço de Arte do BRDE, Museu de Arte de Blumenau, Fundação Cultural de Indaial, Espaço Cultural Artes e Tramóias da Ilha (Santo Antônio de Lisboa- Florianópolis).
Sobre a exposição
Continuum é formada por objetos, construídos a partir de acervo pessoal da artista, incluindo fotos, cartas, recortes de jornal, objetos e materiais armazenados em seu espaço de trabalho. Propõe uma poética de condensação do tempo, especialmente no que diz respeito ao universo feminino, ao fluxo da vida, suas transformações e heranças.
A carga emocional do ambiente da casa, das lembranças da casa materna, dos símbolos religiosos, da sala de costura, a confecção das roupas, os cantos e recantos de um lugar. Pode ser o seu lugar, pode ser o lugar de outros, mas uma linha comum conduz o olhar, o cotidiano, o comum, o familiar.
Por esse motivo, o uso de algumas técnicas de artesanato, numa alusão às salas de costura, ao cotidiano comum de sua infância e juventude. A linha, os cortes e recortes, as memórias recorrentes, a presença de uma avó, falecida, que não conheceu, mas que se faz presente através de histórias contadas e da herança de costumes, a citação de hábitos, a religiosidade.
O objetivo foi a síntese compositiva numa perspectiva de um fazer plástico e poético. A materialização do projeto se deu em momentos diferentes num fluxo contínuo de seleção, construção, desconstrução e pensamento. Foi agregando matéria, encontrando coerência formal, com um sentido dentro da ideia memorativa.
Continuum tem a curadoria de Mia Ávila – Gerente do Museu de Arte de Blumenau (MAB).
Foto: Divulgação da artista
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